Texto de Andreia Galvão. Foto de Estelle Valente através de Formiga Atómica.
SINOPSE
“Terminal” aponta para uma ideia de fim, mas aponta também para uma ideia de interface, de ligação para outra dimensão, outra linguagem. Se queremos concentrar-nos, por um lado, na ideia de morte de uma certa visão da humanidade, que se encontra na devastação da natureza por toda a parte – esta festa despudorada do ser humano enquanto tudo arde -, queremos também atravessar o “terminal” para o futuro, procurando vislumbrar uma nova cosmogonia a emergir por força da ameaça da extinção humana.”
A companhia Formiga Atómica, que já nos habituou a espetáculos bem conseguidos e críticos, traz para palco a segunda parte do díptico “Terminal (O estado do mundo quando acordas)”. O primeiro, para um público infanto-juvenil, tenta trocar “por miúdos” a complexidade da crise climática e da sua interação a nível global enquanto este segundo, construído ao percorrer 27 localidades de Norte a Sul do país, passando pelos Açores e por duas cidades francesas,relembra os graúdos da dificuldade de lidar com a ideia de fim e de transformação.
A crise climática é o fim de uma história. A história de um mundo que já não pode existir, mas que procura, em todos os momentos, reerguer-se nas sombras do que resta. Mas se o fim implica sempre um princípio, também este terminal pode servir para relançar outros mitos, outras fábulas e contos que se embrenham no nosso imaginário coletivo relativamente ao mundo que está por vir. Como o mundo antigo acabou e o novo ainda não nasceu, ainda estamos no tempo dos monstros. A companhia Formiga Atómica ajuda-os a parecer menos assustadores.
Datas importantes :
Estreia: 6 de Abril de 2024 – Teatro Municipal de Ourém
Datas de digressão:
● 4 de Maio de 2024 – Teatro Virgínia, Torres Novas
● 24 de Maio de 2024 – Cine-Teatro São Pedro de Alcanena
● 31 de Maio de 2024 – Teatro-Cine de Torres Vedra
● 15 e 21 de Julho de 2024- Cloître des Célestins (França)- Festival D’Avignon
Duração (previsão): 1h30
Classificação etária (previsão): M/14
Informações sobre o espectáculo
Ficha técnica:
Encenação: Miguel Fragata
Texto: Inês Barahona e Miguel Fragata
Interpretação: Anabela Almeida, Carla Galvão, Miguel Fragata, Vasco Barroso e (música ao vivo) Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo
Música: Hélder Gonçalves
Cenografia: Eric da Costa
Desenho de Luz: Rui Monteiro
Figurinos: José António Tenente
Assistência de encenação: Beatriz Brito
Construção da cenografia e adereços: Eric da Costa, João Salgado, José Pedro Sousa e Paula Hespanha
Desenho de som: Nelson Carvalho
Assistência e operação de som: Tiago Correia
Direcção técnica: Luís Ribeiro e Nuno Figueira
Produção executiva: Luna Rebelo e Sofia Bernardo
Comunicação: Martinho Filipe
Produção: Formiga Atómica
Co-produção: Cine-Teatro São Pedro de Alcanena, Lavrar o Mar, RTP – Rádio e Televisão de Portugal, Teatro Municipal de Ourém, Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Nacional São João, Teatro Virgínia, Teatro Viriato, Trigo Limpo teatro ACERT, Théâtre du Point du Jour
A Formiga Atómica é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes.